Dia das Mães - Pé no Mundo
MAMÃE PÉ NO MUNDO
Salve salve familia PNM.
Próximo do dia das mães, me pediram no trabalho para gravar em um video de 1 minuto, o que significava pra mim a maternidade e quais os desafios.
Quase entrei em loop. Como assim resumir em 1 min a jornada incrivél que tem sido ser mãe do pequeno Yuji?
Após entregar o vídeo, claro que ficou aquela vontade de contar mais. Então resolvi compartilhar aqui no blog como a maternidade me permitiu uma maior conexão com o mundo de forma até atemporal. Me explico.
Com o pequeno Yuji me conecto ao meu passado ao dizer frase que minha mãe costumava me dizer ou replicando o seu repertório de “persuasão” quando o meu acaba ou não surte efeito... rsrsrs
Volto a ser criança ao brincar de esconde-esconde, lego, desenhar, dançar copiando seus passos, tendo crises de bobeirol... confesso que às vezes pago mico como por exemplo quando mostro alguns dos desenhos animados da minha época e que ele acha tosco, - como assim, era um clássico? kkkk.
Ser mãe me mantém conectada no presente, com os pés no chão, pois preciso atender às suas necessidades diárias como comer, ajudar na lição, dormir, brincar etc, mas mais atenta ainda pra qualquer mudança de comportamento, como começar a roer a unha ou não querer mais ir na aula de judô... para ajudá-lo a superar suas dificuldades e medos, assim como estimular seu desenvolvimento.
A minha conexão com o futuro serve para reforçar o meu presente, pois o que eu faço hoje, terá reflexo em quem ele será lá na frente. Que valores, que exemplos, que experiências posso proporcionar que o ajudarão a se tornar um grande ser humano.
A forma que encontramos para construir essa jornada de experiência e valores foi fazê-la Pé no Mundo, ou seja, experimentando o mundo, vivenciando-o, e não só aprendendo nos livros, na escola ou assistindo na TV, na internet...
E como experimentar a diversidade cores, lugares, sensações, culturas e pessoas? Viajar é uma opção deliciosa, mas nem sempre viável. Eu acredito que abrindo nossa mente, nosso coração e nossa alma para conectar-se com o que está à nossa volta e perceber que cada pessoa é única, cada lugar tem sua história, cada animal tem sua peculiaridade, nós podemos aprender e nos encantar todos os dias.
Vou contar algumas histórias de experiencias vividas no dia a dia ou sem ir muito longe, que fortalecem minha conexão com ele e da gente com o mundo.
Sempre gostei de esportes e natureza. Então com 4 meses o Yuji tomou o primeiro banho de rio e nunca mais perdeu esse contato, mar, rio, cachoeira, represa, lama...
O primeiro mergulho foi ainda pequeno. Me disseram que bebês não morriam afogados, pois possuem um sistema em que travam a respiração (instintivamente) e claro que fui testar na piscina. Mergulhei ele na água rapidamente e ele saiu rindo. Até hoje ele ri debaixo da água.
Qdo ele tinha perto de 1 ano estávamos sentados na beira do rio e minha tia colocou um lambari no balde, apontei para o peixe e o que o Yuji fez? Colocou-o na boca porque é assim que bebês conhecem/experimentarm o mundo. Ri muito e claro que pensei, esse bebê é PNM. Salvei aquele pequeno peixe, mas o Yu segue um grande apreciador do sashimi kkk
Houve um tempo em que sair na rua com ele era um desafio, pois não conseguia dar 10 passos sem ele gritar, mamãe olha aquilo (era lixo no chão)!! A gente recolhia pra jogar na lixeira mais próxima, até que um dia tive que definir uma quantidade limite que seria nossa contribuição para o mundo, ou não chegaríamos aonde tinhamos que ir. O pai tinha lhe explicado que o lixo jogado na rua, ia para o esgoto e do esgoto iria para rios e mares e mataria as tartarugas que ele tanto adorava. Desde pequeno de forma simples explicamos quais as consequencias das nossas ações no mundo e ele esponjinha tem mostrado ótima memória.
Sempre levamos sacolinha para o nosso lixo na praia, e sempre que possível recolhemos também o que está ao nosso redor. Com uns 4 anos estávamos vontando da praia, e ele não parava de pegar lixo no areia. Então eu disse que a mamãe já tinha pego o nosso lixo, e mostrei a sacolinha. E em resposta ele me disse: mãe mesmo eu não tendo nada (sacola na mão) eu posso ajudar né...
Quem ensina quem? Ele me ensina todos os dias à fazer novas conexões com a mente e aprender novas conexões com o mundo.
São tantas experiências e histórias, mas deixo pra um outro dia.
Autor: Cris Tamae